Margarida Chiarastelli – 21/07/22

Pode um músico que quer atingir o grande público com a sua arte criar um modelo de negócio para ganhar dinheiro? Se ele for compositor, cantor, produtor musical, publicitário e ainda contar com uma ajudinha do Sebrae, por que o estranhamento?

Tiago Corrêa está envolvido com música desde pequeno. Como muitos criadores musicais, ou artesãos, como ele chama, lamentava que não chegava ao grande público, no melhor estilo ninguém entende a minha arte. Até descobrir que o mercado musical tem um sistema, se debruçar sobre ele, desvendá-lo e começar a colher os louros (e lucros) da fama. Seu canal no Youtube tem milhões de visualizações.

O sistema (agora) é simples. Um ciclo contínuo que envolve artesão (criação), arte (produto), artista (experiência, show), consumo (público). O criador ganha com direitos autorais, o artista atrai a mídia, que impulsiona as vendas, e o público compra. “Claro que o ideal é ser o Michael Jackson”, brinca Corrêa, referindo-se a quem ganha como artesão, artista, gera mídia, completo.

Mas o músico avisa que nada disso adianta sem autenticidade. “É preciso ter lugar de fala para que o público se identifique com você. Não adianta criar um axé se você é gaúcho como eu”, aconselha.

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